O prédio que dançava

O projeto de arte socialmente engajada, intitulado “Tours de danse” (“O prédio que dançava”), também produzido pela associação Les Têtes de l’Art e concebido por Tania Alice, se inscreveu dentro de um projeto maior, intitulado Culture for Solidarity, implementado pela Comissão Europeia em sete cidades piloto da Europa com o subtítulo “How the Art of with can put Europe back together”.

Dentro desse projeto, Tania Alice desenvolveu um projeto de danças a domicílio no prédio Bel Horizon, propondo aos moradores do prédio de dançar com eles, do jeito deles, suas músicas preferidas dentro de suas casas. Após cada dança, uma foto era realizada pelos participantes e a performer. A foto era em seguida colada no hall de entrada do imóvel no lugar do apartamento do prédio, reconstituído com fita crepe no vidro da porta de entrada e no qual as fotos eram coladas aos poucos, estimulando a participação dos demais moradores.

No final, uma festa coletiva foi organizada no hall do prédio, na qual um DJ tocava todas as músicas preferidas de cada um dos moradores, celebrando o desafio comum: fazer a torre dançar. Neste caso também, foi a construção coletiva que serviu de fermento para a cura, criando relações, tecendo vínculos em volta de um objetivo comum. Nesse projeto, o campo da cura foi estabelecido pelos vínculos gerados pela criação coletiva.